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Fãs de Madonna relembram loucuras e comemoram 60 anos da cantora: ‘Todo fã é meio doido, né?’


Fã desde os 7 anos, Rômulo Araújo deixou de frequentar terapeuta que o censurou por ir a 5 shows da cantora em uma mesma turnê: ‘Fui ao show e nunca mais voltei na terapia’; VEJA VÍDEO. Fãs de Madonna relembram loucuras e comemoram 60 anos da cantora
Uma tatuagem, virar noite na fila, viajar por alguns países, colecionar centenas de discos e CDs, cancelar a terapia: qual é o limite das loucuras pelo ídolo? Para a dupla de fãs do Rio, Rodolfo Abreu, de 38 anos, e Rômulo Araújo, de 40, ser fã da Madonna é uma “loucura” e não é coisa para iniciantes.
“Eu acho que todo fã é meio doido, né?”, brinca Rômulo, que identifica nos fãs da cantora certa “experiência”. “Geralmente são pessoas mais velhas, como eu, e não sei, acho que não tem um perfil para ser fã da Madonna”, completa ele. VEJA O VÍDEO ACIMA.
São 36 anos de carreira, mais de 300 milhões de álbuns vendidos e milhares de fãs ao redor do mundo. E, nesta quinta-feira (16) Madonna Louise Veronica Ciccone, ou simplesmente Madonna, bate mais uma marca pessoal: completa 60 anos de idade. E para seus fãs, motivos não faltam para comemorar. E para aprender.
O designer Rômulo Araújo conheceu a cantora Madonna aos 7 anos de idade, quando a mãe ganhou o disco ‘Like a Virgin’
Marcos Serra Lima/G1
“Ela sempre atrelou a carreira dela a influências artísticas muito importantes. Muitas vezes está ligada à questão da sexualidade ou da religião. Então, me ensinou a ser um pouco questionador também do que são os padrões que a sociedade impõe em relação a tudo. Ela sempre falou desde o início da carreira que os sonhos precisam ser realizados para que a gente corresse atrás. E foi uma das coisas que eu aprendi com a Madonna”, relembra o produtor cultural Rodolfo, que, além de colecionar CDs, DVDs e revistas, coleciona idas a shows da cantora em várias partes do mundo.
“Dos shows todos que eu assisti, não tem como não lembrar do primeiro, que foi o ‘Girlie Show’, em 1993, no Maracanã, no Rio. Primeiro porque foram quase 120 mil pessoas. Era muita gente, aquele calor enorme. Lembro até do cheiro do dia. Mas, também eu já assisti a shows na França, na República Tcheca, Estados Unidos. Eu acabo assistindo a muitos porque eu vou agendando as minhas férias mais ou menos nos períodos de turnê da Madonna”, conta Rodolfo.
Com vários shows da Madonna na memória, o produtor cultural Rodolfo Abreu programa suas férias para coincidirem com as turnês mundiais da cantora
Marcos Serra Lima/G1
Mais do que amor, para o designer Rômulo, Madonna é coisa de pele. Literalmente. Para vencer uma promoção que dava direito a assistir ao show da Rainha do Pop bem de pertinho, ele teve que fazer uma tatuagem.
“Em 2012 a Madonna veio ao Brasil e teve esse concurso. Eu não tinha nenhuma tatuagem dela. Então, fiz uma naquela semana para concorrer ao ingresso e ganhei”, relembra ele, que teve seu primeiro contato com a cantora aos 7 anos.
“Fiquei a centímetros da Madonna. Foi uma experiência incrível porque ela se mexia e dava para sentir o ventinho do cabelo dela, sabe? Nunca imaginei que eu pudesse chegar tão perto de alguém que eu goste tanto.”
“Lembro que minha mãe ganhou um disco de ‘Like a Virgin’. De manhã eu ouvia ‘Balão Mágico’, na Globo, e de tarde, quando eu voltava do colégio, ficava ouvindo aquele disco com aquela mulher vestida de noiva, de sutiã, na capa”, conta Rômulo.
E a admiração só cresceu desde então. “A primeira vez que ela veio ao Brasil eu era um garoto, não tinha grana. Mas a primeira vez que eu fui ao show dela, foi em 2008. O show era no sábado, eu cheguei lá na sexta de tarde. Nunca imaginei que eu fosse fazer isso na minha vida, mas eu dormi na porta do Maracanã para ser um dos primeiros a entrar e consegui ficar na primeira fila”, relembra ele, que chegou a “romper” com sua terapeuta pelo mesmo motivo: Madonna.
Rômulo Araújo acampou por uma noite na porta no Maracanã, no Rio, para conseguir um lugar na primeira fila do show da Madonna em 2008
Arquivo pessoal/Reprodução
“Eu até tive meio que um ‘DR’ com a minha terapeuta, porque eu fui a cinco shows e ela me perguntou ‘por que você vai gastar dinheiro para ir ver a Madonna cinco vezes?’. Eu falei ‘ué, mas eu vejo você toda semana, eu pago para ver você. Por que eu não vou pagar para ver a Madonna?’. Fui ao show e nunca mais voltei na terapia”, diz Rômulo.
“Mas foi um show memorável, chovia muito. Eu fiquei na grade e foi uma emoção muito grande de ver. Antes dela entrar no palco eu já estava chorando. Então foi assim, imagina, o seu ídolo vai estar na sua frente, depois de 30 anos”, completa ele.
E, para eles, podem se passar mais 60 anos: Madonna é insubstituível. “Eu acho que não vai existir uma outra rainha do pop. Aos 60 anos, ela continua vencendo batalhas. Hoje em dia ninguém mais compra CD, a forma de consumo é diferente. Mas eu acho que ela continua sendo guerreira por vencer certas batalhas, vencendo o machismo, vencendo o sexismo que não é fácil”, finaliza Rômulo.
Fonte: http://g1.globo.com/dynamo/pop-arte/rss2.xml

Marcos Morrone

Nascido em São Paulo Capital. CEO do Grupo Morrone Comunicações Ltda.

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