Moda

Semanas de moda internacionais reforçam padrão de extrema magreza

Agência brasileira confronta padrões retrógrados e repressivos da PFW

Semanas de moda internacionais reforçam padrão de extrema magreza e não diversidade de corpos!

Que a moda é cíclica já está mais do que provado. Estamos presenciando o retorno da moda dos anos 2000, mais de 20 anos depois, em pleno 2023. Assim então, os saltos plataforma, as calças utilitaristas com vários bolsos, minissaia, e os cortes de cabelo em camadas e com volume já estão por toda parte. Prova disso são os modelitos exibidos na Paris e NY Fashion Week.

Anos 90

Todo esse revival da moda dos anos 90 veio acompanhado de tendências que não são saudáveis no quesito inclusão. É possível ver modelos extremamente magros, fato que diminui o movimento “body positive”, construído a duras penas.

Semanas de moda internacionais reforçam padrão de extrema magreza e não diversidade de corpos!
Agência brasileira confronta padrões retrógrados e repressivos da PFW – Foto: Divulgação
A dificuldade de inserir seu casting

Uma das maiores agências de modelos de São Paulo, a Base Management, conta sobre a dificuldade de inserir seu casting na Paris Fashion Week justamente por conta do retorno do padrão de magreza excessivo. “Esse é o aspecto dessa estética imposta que eu não amo, esse padrão irreal de magreza é desumano com os modelos. Chegamos a um momento tão bonito de aceitação do corpo real, da diversidade, e principalmente para liberar as mulheres desses padrões. Não faz sentido colocar tudo a perder”, declara Rogério Campaneli, CEO da Agência Base.

Magreza extrema

Dessa forma, além da magreza extrema, com ossos à mostra, Rogério também aponta o retorno de outras estéticas que ameaçam o avanço da valorização da beleza negra, como as tendências “vanilla girl” e “clean girl”. Esse estilo valoriza peças claras, maquiagem básica e o minimalismo. “Quando você analisa as referências dessas estéticas, você percebe que elas não foram feitas levando em consideração corpos negros e gordos. Os corpos que são tidos como exemplos são sempre magros, brancos, com cabelos lisos e loiros”, explica Campaneli.

O esforço para aumentar a diversidade

Enfim, em grandes agências brasileiras como a Base, o esforço para aumentar a diversidade do casting tem sido um esforço contínuo da equipe de bookers, já que outros setores da publicidade e da moda nacional têm buscado a inclusão em todas as suas formas. Mas, Rogério alerta a falha de grandes instituições da moda internacional, que ditam tendências, e exercem uma influência massiva ao não incorporar em seus castings modelos com corpos reais como da maioria das pessoas. “Eventos como as semanas de moda internacionais são as nossas maiores referências de moda e estilo, isso causa um grande impacto na vida dos modelos. A responsabilidade é grande”, concluiu.

Fotos: Divulgação
Fonte: Camila Novo Assessoria
Assessoria de imprensa: Camila Novo Assessoria de Imprensa & Imagem
Jornalista: Ranai Lima
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Ranai Lima

Nascida em São Paulo - Capital. Formada em Jornalismo e Atualmente Autora no portal de egonotícias.com desde 2021

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