Setembro Amarelo: como ajudar quem tem depressão

Setembro Amarelo: como ajudar quem tem depressão

De acordo com pesquisa recente da OMS, Em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade. Além disso, é preciso considerar a pandemia. Afinal, a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Por este motivo, é preciso ter cuidado ao lidar e acolher uma pessoa com a saúde mental fragilizada e não só no Setembro Amarelo.

Ouça com atenção e acolha

“É preciso ir muito além dos posts sobre o setembro amarelo nas redes sociais”, alerta a psiquiatra Daniela Moraes. “Ouvir com carinho e opinar com empatia significa muito mais que uma reflexão sobre o assunto no Instagram, por exemplo”. Além disso, a médica ressalta a importância da escuta nos momentos difícieis “ser ouvido(a) é fundamental e decisivo para a pessoa que não vê saída. Porque assim ela se sente importante e menos solitária”, afirma a médica.

Estimule-a a procurar ajuda profissional

Infelizmente o tratamento psiquiátrico, e até mesmo a terapia, ainda é tabu para grande parte da população. “Primeiramente, é preciso entender que a depressão é uma doença. Assim, precisa ser encarada dessa forma. Porque toda doença precisa de um tratamento para que ela não volte mais forte e nem comprometa a vida da pessoa”, lembra Daniela Moraes. Por este motivo, falar a respeito e procurar referências de profissionais da saúde mental é tão importante não só no Setembro Amarelo, mas durante todo o ano.

Desencoraje o consumo de álcool e drogas

Álcool e drogas são um perigo para quem sofre de depressão. Certamente devem ter seu uso desencorajado por quem está passando por momentos difíceis. “Em excesso, o álcool age como depressor do humor, podendo aumentar o risco de suicídio. Um conjunto de sintomas semelhantes aos de depressão, como letargia e tristeza, pode surgir durante a abstinência do álcool.”, reforça a médica.

Sugira a prática de esportes

“A prática esportiva faz com que organismo libere dois hormônios essenciais para o tratamento da doença: a endorfina, também conhecida popularmente como “hormônio da alegria”, que produz sensação de prazer e euforia, e a dopamina, responsável por promover efeitos analgésicos e tranquilizantes.”, diz Dra. Daniela.

Mesmo que seja começando gradualmente, o ideal é manter o corpo sempre em movimento. Dessa forma fica mais fácil combater a depressão.

Incentive a socialização

Por mais que a vontade de uma pessoa deprimida seja ficar quieta, é muito saudável criar laços e momentos proveitosos com outras pessoas. Assim, é fundamental incentivar a participação em eventos (que sejam esportivos para fortalecer mais a mente), socialização com familiares e amigos. A Dra. Daniela reforça que “Quando uma pessoa se sente pertencente a um grupo, ela se sente mais disposta a fazer outras atividades”.

Reforce que a depressão é uma doença que tem tratamento

“É muito importante mostrar uma perspectiva de melhora da doença e reforçar a importância do tratamento para a cura”, diz Daniela. Lembrar que essa fase é passageira surte efeitos tão notáveis quanto os impactos dos exercícios físicos na saúde mental.

Não ignore comentários suicidas

É muito importante entender que a campanha do Setembro Amarelo é sobre não ignorar os pedidos de ajuda. Então, é preciso muita empatia e consciência ao amparar uma pessoa deprimida e com tendências suicidas. Caso não saiba o que fazer, a recomendação da Dra Daniela Moraes é “conversar com familiares da pessoa que fez comentários suicidas. Além disso, entrar em contato com psiquiatra e/ou terapeuta da pessoa em questão. Informar é tão importante quanto acolher, nesses casos.”

Fonte: Daniela Moraes, psiquiatra. Pa’lante Assessoria de Imprensa.

Foto da Capa: Pexels

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